Áreas Verdes e Arborização Urbana
As áreas verdes urbanas são consideradas como o conjunto de áreas inseridas dentro do perímetro urbano, que apresentam cobertura vegetal, arbórea (nativa e introduzida), arbustiva ou rasteira (gramíneas) e que contribuem de modo significativo para a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas cidades.
As áreas verdes são importantes para a qualidade ambiental das cidades, já que assumem um papel de equilíbrio entre o espaço modificado para o assentamento urbano e o meio ambiente. São consideradas como um indicador na avaliação da qualidade ambiental urbana, pois esses espaços livres públicos obrigatórios por lei, quando não são efetivados, interferem na qualidade do ambiente.
Áreas verdes para qualidade de vida nas cidades
As áreas verdes urbanas estão relacionadas com a qualidade de vida e exercem funções ecológicas, estéticas e psicológicas na vida dos habitantes das cidades. No decorrer da história, as sociedades atribuíram valores diversos às áreas verdes, dando a estes espaços diversos significados, entre eles cultural, religioso e espiritual.
Dentre os vários benefícios que as áreas verdes podem trazer ao convívio nas cidades, podemos citar:
- Controle da poluição do ar e acústica;
- Aumento do conforto ambiental;
- Estabilização de superfícies por meio da fixação do solo pelas raízes das plantas;
- Interceptação das águas da chuva no subsolo reduzindo o escoamento superficial;
- Abrigo à fauna;
- Equilíbrio do índice de umidade no ar;
- Proteção das nascentes e dos mananciais;
- Organização e composição de espaços no desenvolvimento das atividades humanas;
- Valorização visual e ornamental do ambiente;
- Recreação;
- Diversificação da paisagem construída;
Além de que a vegetação tem efeitos diretos sobre a saúde mental e física da população. Oliveira (1996) salienta ainda que estes efeitos contribuem para a valorização de áreas para convívio social, valorização econômica das propriedades e para a formação de uma memória e do patrimônio cultural.
- CONCEITO DE ÁREAS VERDES URBANAS
- TIPOS DE ÁREAS VERDES URBANAS
- FUNÇÕES DE ÁREAS VERDES URBANAS
- A ARBORIZAÇÃO DE VIAS PÚBLICAS
Autor: Comitê de Trabalho Interinstitucional para Análise dos Planos Municipais de Arborização Urbana no Estado do Paraná
Resumo: A finalidade deste documento é apresentar subsídios para a elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana - PMARB às Prefeituras Municipais do Estado do Paraná. Objetiva orientar e auxiliar os Prefeitos e técnicos dos municípios paranaenses quanto aos requisitos, tópicos e etapas que devem estar contemplados no referido plano.
Autores: Carlos Roberto Loboda e Bruno Luiz Domingos De Angelis
Resumo: O trabalho consiste em uma reflexão sobre os espaços públicos vegetados na organização dos aglomerados urbanos. Serão abordados aspectos históricos dos espaços livres de construção já nas primeiras cidades, como conseqüência das necessidades experimentadas a cada momento na relação cidade e natureza. Utiliza-se como fundamentação teórica os aspectos conceituais que definem e caracterizam as principais funções das áreas verdes urbanas. As diferentes concepções construídas ao longo dos períodos históricos remontam um perfil desses espaços, representados hoje pelos parques, praças, jardins públicos e arborização de acompanhamento viário.
Torna-se necessário fazer um resgate das áreas verdes públicas e suas funções indispensáveis na estruturação da cidade moderna.
Autor: Junior Miranda Scheuer
Resumo: A característica transformadora do ambiente urbano está atrelada a antropização, modificando o meio ambiente natural em áreas pavimentadas, impermeabilizadas e edificadas. A supressão do ambiente natural pelo artificial potencializa os problemas relacionados as questões socioeconômicas e ambientais, potencializadas pela falta de planejamento urbano. Afim de minimizar o dano ambiental, a existência e a promoção de áreas verdes influenciam na qualidade ambiental das urbes e na qualidade vida dos habitantes. Dessa forma, objetivou-se realizar reflexões sobre a importância do planejamento urbano e das áreas verdes para a qualidade de vida da população. Para a consecução do objetivo o método empregado constituiu-se na revisão do estado da arte sobre as temáticas de área verde, qualidade de vida e planejamento urbano. A existência de vegetação em áreas urbanas atenua as sensações desconfortáveis da rápida e o (não) planejamento urbano. Assim o desenvolvimento das cidades, e sua manutenção, requer contemplar a adoção de áreas verdes para que hajam ambientes saudáveis e que permeiam a integração do homem a natureza. O debate aqui apresentado está longe de se esgotar, entretanto buscou-se incitar reflexões acerca do tema bem como contribuir com subsídios teóricos que reforçam a necessidade de execução do planejamento urbano, pois desconsiderar as áreas verdes, enquanto promotora de qualidade de vida, traz consequências desfavoráveis a vida no espaço urbano. Para compensar os danos da urbanização ao ambiente podem-se adotar medidas simples de planejamento, atitudes que possibilitam recuperar e preservar a fauna e a flora, tornando a vida urbana menos cinza, menos artificial e, mais verde, mais natural.
Autores: Valéria LIMA e Margarete Cristiane de Costa Trindade AMORIM
Resumo: As áreas verdes são consideradas um indicador na avaliação da qualidade ambiental urbana e também obrigatórias por lei. Quando não existem ou não são efetivadas no ambiente urbano interferem na qualidade do mesmo, e também a falta desses espaços adequados para o lazer prejudica a qualidade de vida da população. Este artigo é parte dos resultados da pesquisa de mestrado intitulada “Qualidade Ambiental urbana em Osvaldo Cruz/SP”. A etapa da pesquisa aqui descrita, refere-se a uma reflexão a respeito da importância dessas áreas nos espaços urbanos, que após caracterizadas revelaram o não cumprimento de sua finalidade devido à inadequação à lei de parcelamento do solo e até mesmo à ausência de vegetação.
Autores: Danúbia Caporusso Bargos e Lindon Fonseca Matias
Resumo: A busca pelo desenvolvimento de novas práticas e reflexões relacionadas ao planejamento urbano tem sido evidenciada no Brasil e no mundo pelo elevado número de pesquisas e estudos técnicos e científicos realizados nos últimos anos. Muitos desses estudos apontam a vegetação intraurbana como importante indicador da qualidade ambiental nas cidades devido às funções ecológicas, estéticas e de lazer que ela pode exercer. Neste contexto, a vegetação urbana recebe diferentes nomenclaturas que são utilizadas indistintamente como sinônimos do termo áreas verdes, quando na realidade, em muitos casos, não o são. O presente artigo busca contribuir para o debate teórico e conceitual relacionado ao tema áreas verdes urbanas por meio da realização de uma revisão e proposição para adequação do termo em questão.
- UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE A OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES FRUTÍFERAS NA ARBORIZAÇÃO DAS VIAS PÚBLICAS DO CENTRO URBANO DE MAMBORÊ (PR)
Autores: MORIGI, Josimari de Brito e BOVO, Marcos Clair
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo analisar as características da arborização frutífera nas vias públicas do centro urbano de Mamborê (PR). Visando diagnosticar se a arborização frutífera presente é de fato adequada para estes locais. Para tanto, primeiramente foram realizadas pesquisas em artigos científicos, relatórios técnicos e dissertações que tratam da temática arborização urbana e, posteriormente foi realizada pesquisa de campo na cidade de Mamborê para verificar quais as espécies frutíferas estão presentes nas vias do centro urbano e quais os possíveis benefícios e malefícios oriundos da presença das mesmas neste ambiente. Os resultados obtidos demonstraram que não há uma grande diversidade de espécies frutíferas nos trechos estudados. No entanto, dentre as espécies frutíferas encontradas, há uma predominância da espécie Mangueira (Mangifera indica), e dentre as vias observadas há uma ocorrência maior de espécies frutíferas na Avenida Interventor Manoel Ribas, a mesma situa-se no centro comercial da cidade e, portanto, caracteriza-se pelo fluxo intenso de veículos e pedestres.
- Proposta de modelo de Transferência do Potencial Construtivo como estímulo para criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPNMs em Curitiba
Autor: Alessandro Panasolo
Resumo: O aumento populacional e o elevado adensamento urbano, aliados à expansão imobiliária e à explosão dos preços dos imóveis, tornaram essencial a conservação de áreas verdes remanescentes (públicas e privadas) principalmente nas maiores cidades. Segundo dados apresentados pela Prefeitura Municipal, Curitiba possui 75% dos seus remanescentes de vegetação em propriedades privadas. Essas áreas são essenciais à manutenção da vida, pois contribuem com a qualidade do ar, o equilíbrio climático, a manutenção da flora e fauna, o controle de erosão e retenção de sedimentos, a formação do solo, a ciclagem de nutrientes e a conservação da água. Tais aspectos demandam o reconhecimento da importância e criação de estímulos aos proprietários, por meio de instrumentos que estimulem a manutenção e conservação dessas reservas naturais, como medida para resistir à pressão do mercado da construção civil e da expansão imobiliária. Assim, é urgente a adoção de estratégias públicas e privadas de valorização econômica voltadas à permanência dessas áreas verdes urbanas, bem como a criação e o aperfeiçoamento de políticas públicas eficientes para tal propósito. O presente trabalho teve como objetivos analisar procedimentos legais a serem observados que proporcionam a transferência de Potencial Construtivo do Programa Especial de Governo (PEG), de Unidades de Interesse de Preservação (UIP) e de Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal (RPPNMs) de Curitiba, analisar o modelo de transferência do Potencial Construtivo oriundo do Programa Especial de Governo (PEG), das Unidades de Interesse de Preservação e de Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal de Curitiba e apresentar sugestão de aperfeiçoamento do arcabouço legal para reestruturação do Programa das Reservas Particular do Patrimônio Natural Municipal de Curitiba visando garantir a preservação, conservação e uso sustentável dos seus recursos. A cidade de Curitiba já foi modelo de gestão urbana e pioneira na iniciativa de políticas públicas ambientais. Apesar das boas iniciativas, cabe salientar que, em se tratando de área verde privada, estas políticas não têm se mostrado suficientes para garantir a integridade desses importantes remanescentes. Em especial, o instrumento da Transferência de Potencial Construtivo (TPC) oriundo de RPPNM, não impulsiona os proprietários a manter suas florestas conservadas. Os cálculos realizados do presente estudo mostraram que há uma disparidade de preço e metragem de comercialização de Potencial Construtivo entre as modalidades PEG, UIP e RPPNM que desestimula a criação de RPPNM, para fins transferir PC. Em decorrência disso, os proprietários acabam cedendo à pressão dos empreendedores do mercado imobiliário para supressão da área verde para instalação de condomínios. Para que o instrumento de TCP possa se tornar uma ferramenta efetiva de política ambiental estimulando a criação de novas RPPNMs, é necessária uma reestruturação do Programa das Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal, em especial no modelo de transferência de Potencial Construtivo. Para tanto, apresentou-se como resultado desse trabalho, a recomendação de aperfeiçoamento do arcabouço legal com o objetivo de garantir a permanência, a conservação e o uso sustentável desses remanescentes de vegetação nativa através de criação de RPPNM. A metodologia aplicada consiste em pesquisa exploratória desenvolvida com estudo de caso. Assim, é fundamental contar com a iniciativa privada para garantir a conservação de remanescentes florestais nas cidades.
Autora: Eliza Branco Duarte Sell
Resumo: O Bioma Mata Atlântica é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo, e de acordo com VARJABEDIAN (2010) a Mata Atlântica é considerada um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta. Porém, é um bioma extremamente ameaçado pela ocupação humana, que desde a colonização faz uso de seus recursos e ocupa seu espaço. A Fundação SOS Mata Atlântica afirma que hoje, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares do que existia originalmente desta floresta, sendo que essa redução nos afeta diretamente, como consumidores de água e recursos naturais que somos. Portanto, a exploração desordenada da Mata Atlântica nos gera uma grande preocupação quanto à futura sobrevivência deste bioma. Em 22 de dezembro de 2006 foi editada e assinada a Lei no 11.428/06 (Lei da Mata Atlântica), que é menos restritiva na proteção da Mata Atlântica em comparação com o Decreto Federal no 750/93, porém, foi uma forma de se regulamentar o uso da floresta em consonância com o crescimento das cidades e o desenvolvimento sustentável. Este trabalho tem o objetivo de analisar o Capítulo VI desta Lei, que trata da proteção do bioma Mata Atlântica nas áreas urbanas e regiões metropolitanas, e vislumbrar hipóteses para que o licenciamento ambiental seja melhor conduzido, com maior preservação das áreas verdes, visando maior equilíbrio entre a conservação e desenvolvimento urbano. E o quão mais restritivo este capítulo poderia ser para favorecer o aumento de áreas florestadas nos ambientes urbanos. Discute-se a aplicação prática da Lei da Mata Atlântica em processos de licenciamento ambiental, e se prova tecnicamente que uma pequena alteração mais restritiva em alguns artigos, juntamente com melhores ordenamentos urbanos dos municípios, poderia resultar em melhor qualidade ambiental dos perímetros urbanos municipais.
Autor: Claudio Renato Wojcikiewicz
Resumo: Slides da apresentação de Claudio Renato Wojcikiewicz no Seminário em Bituruna
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Prefeitura do Município de São Paulo
Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG
Associação Brasileira de Cimento Portland - Programa Soluções Para Cidades
- (Cartilha)
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMA
Autores: Marilia Borgo, Santiago José Elías Velazco, Christopher Thomas Blum, André Cesar Furlaneto Sampaio e Pablo Melo Hoffmann.
Resumo: A Floresta com Araucária é o ecossistema mais ameaçado do Bioma Mata Atlântica, diante disso a elaboração do Boletim Chauá tem como principal objetivo a conservação da diversidade de sua flora, por meio da divulgação de informações das espécies nativas, raras e ameaçadas, e principalmente as técnicas de cultivo, com dados consistentes e resultados de pesquisas realizadas pela nossa instituição.
Edições:
Boletim Chauá 001 - Quillaja brasiliensis - V1, 2018 [
]Boletim Chauá 002 - Solanum diploconos - V2, 2018 [
]Boletim Chauá 003 - Albizia edwallii - V3, 2018 [
]Boletim Chauá 004 - Oreopanax fulvus - V4, 2018 [
]Boletim Chauá 005 - Casearia lasiophylla - V5, 2018 [
]Boletim Chauá 006 - Ocotea odorifera - V6, 2018 [
]Boletim Chauá 007 - Psidium rufum - V7, 2018 [
]Boletim Chauá 008 - Acca sellowiana - V8, 2018 [
]Boletim Chauá 009 - Eugenia pyriformis - V9, 2018 [
]Boletim Chauá 010 - Myrcianthes gigantea - V10, 2018 [
]Boletim Chauá 011 - Cedrela fissilis - V11, 2018 [
]Boletim Chauá 012 - Ocotea porosa - V12, 2018 [
]Boletim Chauá 013 - Lafoensia pacari - V13, 2018 [
]Boletim Chauá 014 - Cybistax antisyphilitica- V14, 2018 [
]Boletim Chauá 015 - Trithrinax acanthocoma- V15, 2018 [
]
Autoras: Bettina Monika Ruppelt, Carina Kozera, Patricia da Costa Zonetti, Roberta Paulert e Suzana Stefanello
Resumo: Este livro é resultado das atividades de extensão universitária da UFPR Setor Palotina relacionadas às plantas medicinais. Foi produzido em comemoração ao Centenário da UFPR, com a finalidade de constituir uma fonte de consulta a todos que têm interesse no conhecimento e no uso correto das plantas medicinais. Este material apresenta apenas finalidade informativa e o conteúdo não deverá ser utilizado para tratar qualquer doença e/ou substituir cuidados médicos necessários.